sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Apesar de dados negativos sobre emprego, Bolsa segue em alta

São Paulo – A Bolsa de Valores de São Paulo abriu com forte alta, mas os dados considerados negativos pelo mercado do relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos provocaram a desaceleração do Ibovespa. Ao final da primeira etapa dos negócios, o índice tinha elevação de 1,33%, aos 60.280 pontos, com volume financeiro negociado de R$ 2,997 bilhões. Segundo um operador de corretora, o mercado pode manter elevação em torno de 1% até o final do dia. “Acho que não tem mais nada que possa determinar o andamento do mercado para baixo”, avaliou.

A economia norte-americana eliminou empregos em janeiro pela primeira vez em quatro anos e meio, aumentando o receio de uma recessão. A taxa de desemprego caiu de seu maior patamar em mais de dois anos. As empresas fecharam 17 mil vagas, após criação 82 mil postos de trabalho abertos no mês anterior (números revisados), de acordo com o Departamento do Trabalho. Foi a primeira retração desde agosto de 2003, quando foram eliminados 42 mil empregos. A taxa de desemprego passou de 5% para 4,9%, em linha com as previsões. Já as expectativas de criação de vagas chegavam a 70 mil.

Um analista lembra que importantes notícias do cenário corporativo internacional sustentam a elevação dos principais mercados e também no Brasil. Hoje, o setor de mineração é um dos destaques do dia. No Brasil, a Vale é a maior beneficiada e sustentou a elevação do Ibovespa nesta manhã.

As produtoras de alumínio norte-americana Alcoa Inc. e chinesa Aluminum Corp. of China (Chinalco) anunciaram hoje que compraram uma participação de 12% na mineradora anglo-australiana Rio Tinto por US$ 14 bilhões, com o objetivo de interromper os planos da mineradora BHP Billiton de comprar a sua concorrente, que se tornaria seria a maior fornecedora de alumínio e carvão do mundo.


Além disso, a notícia de que a fabricante de software norte-americana Microsoft fará uma oferta de US$ 44,6 bilhões pelo site de buscas Yahoo Inc movimenta as ações. O valor representa US$ 31 por ação, prêmio de 62% sobre o fechamento das ações do Yahoo ontem, beneficiando os mercados como um todo.

No Brasil, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior informou que a balança comercial de janeiro ficou abaixo do patamar de US$ 1 bilhão, fechando com superávit de US$ 944 milhões. As exportações no primeiro mês do ano somaram US$ 13,277 bilhões e as importações, US$ 12,333 bilhões. Em relação a janeiro de 2007, o saldo comercial teve queda de 62,5%, pela média diária – na comparação em dezembro, o recuo foi de 76,4%. Em janeiro, as vendas ao exterior apresentaram média diária de US$ 603,5 milhões, volume 20,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado e 15,2% inferior ao alcançado em dezembro. Já as importações cresceram 45,6% ante 2007, com média diária de US$ 560,6 milhões. Em relação a dezembro, o crescimento foi de 5,8%. No período de 12 meses, até janeiro, o saldo da balança está positivo em US$ 38,456 bilhões, com US$ 139,504 bilhões em exportações e US$ 93,367 bilhões em exportações. O superávit é 16,6% inferior ao registrado no período fevereiro/2006-janeiro/2007.

No cenário corporativo, uma das maiores altas do dia é da Cyrela, com ganhos de 5,67%, a R$ 24,20. Hoje a empresa informou que desistiu do pedido de registro de oferta pública de distribuição primária de ações ordinárias de sua emissão. De acordo com a companhia, a decisão foi adotada tendo em vista as condições atuais do mercado. A nova oferta primária havia sido solicitada pela Cyrela à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 18 de dezembro de 2007. Segundo a empresa, novo pedido de registro de oferta pública de ações poderá ser realizado no futuro.

Também registram alta as ações PNA e ON da Vale, com avanço de, respectivamente, 3,66%, a R$ 46,41, e 4,37%, a R$ 54,10. A pesquisa "The 2007 Value Creators Report", realizada pelo Boston Consulting Group, mostrou que a mineradora é a empresa em todo o mundo que mais gera valor para seus acionistas, entre as empresas com valor de mercado superior a US$ 50 bilhões. De 2002 a 2006, a mineradora brasileira conquistou o primeiro lugar no ranking global da área, ficando à frente de gigantes globais como América Móvil (México), Apple e Boeing (Estados Unidos), Toyota, (Japão), BAT (Reino Unido), além de BHP Billiton e Anglo American. O estudo analisou o desempenho de 610 companhias, retiradas de um universo de cinco mil empresas em 44 países, entre 2002 e 2006. O cálculo usa como base o retorno total ao acionista, ou seja, o ganho proporcionado ao acionista pela variação do preço das ações e o recebimento de dividendos durante determinado período. A Vale teve retorno médio de 54,6% ao ano no período analisado.

No entanto, a Vale foi condenada a pagar R$ 1,8 bilhão ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O valor corresponde à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) cobrado pelo DNPM. Segundo informa a assessoria de imprensa da Advocacia-Geral da União, a CFEM está prevista na Constituição Federal para assegurar aos estados, municípios e órgãos da administração direta da União a participação no resultado da exploração de recursos minerais no território nacional. A Lei 97.990/89 fixa a CFEM em 3% sobre o valor do faturamento líquido da empresa, resultante da venda do produto mineral obtido após a última etapa do processo de beneficiamento adotado e antes de sua transformação industrial. Neste caso, segundo a assessoria de imprensa da AGU, a Vale foi autuada pelo DNPM por não ter pagado a porcentagem correta no período de janeiro de 1991 a dezembro de 2006. A empresa apresentou ao Departamento Nacional de Produção Mineral dois recursos administrativos para questionar a base de cálculo da CFEM, não acolhidos pelo órgão. A Vale levou o caso à Justiça. Obteve decisão favorável na 13ª Vara Federal de Brasília. A Procuradoria Federal recorreu, então, ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que suspendeu a decisão. A Procuradoria sustentou que a Portaria 340/06 do DNPM, que instituiu a quarta atualização do Manual de Procedimentos de Arrecadação e Cobrança da CFEM, prevê somente duas instâncias administrativas para tramitação do recurso. O TRF-1 considerou que a portaria do departamento está em sintonia com o artigo 57 da Lei 9.784/99, responsável por regular os processos administrativos no serviço público. O artigo estabelece que o recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias.

Outra empresa que registra alta nesta sexta-feira é a Net, com valorização de 2,20%, a R$ 20,89. O lucro líquido da operadora atingiu R$ 96 milhões no quarto trimestre de 2007, aumento de 243% ante o mesmo período de 2006 (R$ 28 milhões). Em 2007, o lucro de líquido chegou a R$ 208 milhões, crescimento de 151% em relação a 2006 (R$ 83 milhões). A receita líquida de outubro e dezembro do ano passado foi de R$ 799 milhões, aumento de 29% ante o quarto trimestre de 2006 (R$ 619 milhões). No ano, a receita cresceu 28%, R$ 2,267 bilhões em 2006 para R$ 2,902 bilhões em 2007. O Ebitda foi de R$ 216 milhões no quarto trimestre de 2007 e de R$ 176 milhões no mesmo período de 2006, crescimento de 23%. A margem Ebitda caiu um ponto percentual, de 28% para 27%. Em 2007, a variação foi de 26%, chegando a R$ 804 milhões. No mesmo período do ano anterior, o Ebitda foi de R$ 639 milhões, c a margem se mantendo em 28%.

Já a Usiminas registrava ganhos de 3,33%, a R$ 85,25. Tanto a Moody´s América Latina como a Standard & Poors atribuíram ratings à futura emissão de R$ 500 milhões de debêntures subordinadas da empresa, com vencimento em 2013. Os recursos serão usados para financiar investimentos. No caso da Moody´s, a agência atribuiu rating em moeda local de Ba1 e rating em sua escala nacional brasileira de Aa1.Br, ambos com perspectiva estável. Já a S&P atribuiu rating brAA+ na escala nacional Brasil, além de reafirmar o rating de crédito corporativo brAAA, com perspectiva estável.

Além disso, sobem as ações preferenciais da Vivo e da Tim, com altas de 2,06%, a R$ 10,36, e 2,83%, a R$ 6,89. Telecom Itália e Telefônica, as controladoras da Tim e Vivo no Brasil, respectivamente, não confirmam a possibilidade de uma possível fusão das companhias. Procurada, a assessoria de imprensa da Telefônica afirmou que a empresa não comenta o assunto. Já a Telecom Itália divulgou comunicado em que diz "ser destituída de fundamento qualquer informação a respeito de uma fusão da Tim com a Vivo". Desde que a notícia sobre uma possível compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi ganhou mais força, no final do ano passado, o mercado especula essa aproximação também das duas companhias de telefonia móvel. Para aprovar a compra da BrT, o governo terá de alterar o Plano Geral de Outorgas (PGO), já tendo sinalizado positivamente para isso. A partir daí, se abre um debate mais amplo sobre a reestruturação do setor no país. De acordo com informações divulgadas na imprensa, a Telefônica teria se sentido prejudicada com a operação das empresas concorrentes.

No sentido oposto, registram queda as ações do Unibanco (2,33%, a R$ 22,17), Itaú (1,49%, a R$ 38,22), Bradesco (1,88%, a R$ 45,85) e Banco do Brasil (0,58%, a R$ 29,08). Segundo analistas do setor, a notícia de que o Banco Central divulgou uma circular que institui o recolhimento compulsório sobre Depósitos Interfinanceiros captados de sociedades de arrendamento mercantil derrubou as ações. A partir de março, os bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento, bancos de câmbio, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento deverão recolher ao BC, em títulos públicos federais, até 25% dos depósitos captados das sociedades de arrendamento mercantil. Além disso, será recolhido um compulsório de 100% sobre o aumento do depósito interfinanceiro em relação à posição na data de publicação da circular. O somatório desses dois recolhimentos é limitado a 25% do saldo total existente a cada data-base.

As ações com o maior volume financeiro negociado são as PNA da Vale, com R$ 427,493 milhões, seguidas pelas preferenciais da Petrobras, com R$ 418,030 milhões, e com papéis em alta de 2,07%, a R$ 82,07. Ontem à noite, a estatal divulgou esclarecimentos sobre notícia veiculada na edição de terça-feira (29) do jornal “O Globo”, segundo a qual o conselho de administração da estatal teria autorizado uma “proposta agressiva” pela distribuidora Esso. A Petrobras informou que, de acordo com a sua estratégia corporativa, busca liderar o mercado brasileiro de distribuição de derivados de petróleo e biocombustíveis, com maximização do market-share, garantindo rentabilidade. A estatal destaca que está sempre examinando oportunidades de novos negócios nos setores nos quais tem interesse. No entanto, em relação às matérias veiculadas recentemente, a estatal informou que não houve deliberação a respeito pelo conselho de administração da estatal.

Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, as bolsas operavam sem rumo definido. Há pouco, o índice Dow Jones acelerava 0,35%, a 12.694,58 pontos, e o Nasdaq C recuava 0,30%, a 2.382,70 pontos. Já o S&P 500 caí 0,04%, a 1.377,94 pontos.

Na Europa, as principais bolsas operavam em alta. O índice FTSE-100 de Londres subia 1,99%, a 5.996,60 pontos, e o DAX-30 de Frankfurt tinha ganhos de 1,90%, a 6.981,95 pontos, enquanto o índice CAC 40 da Bolsa de Paris registrava valorização de 1,76%, a 4.955,55 pontos.

No mercado de commodities, o preço do barril de petróleo WTI com entrega em março, negociado na Bolsa de Nova York, caía 1,26%, a US$ 90,59, enquanto em Londres o produto tipo Brent com vencimento em março tinha depreciação de 1,22%, a US$ 91,07.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar à vista operava, há pouco, em queda de 0,73%, cotado a R$ 1,748. O dólar futuro com vencimento para fevereiro também caía (1,04%, a R$ 1,748). O Banco Central realizou leilão de compra de dólares no mercado, com taxa de corte de R$ 1,7436.

Juros

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), negociados na BM&F, projetavam taxa de 12,84% para janeiro de 2012, queda sobre o fechamento de quinta-feira, de 12,90%. Os contratos com vencimento em janeiro de 2010 estavam cotados em 12,70%, também em queda sobre o último fechamento, de 12,72%.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou hoje que o Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S) encerrou janeiro com inflação de 0,97%, 0,01 ponto percentual abaixo da taxa divulgada na última apuração. As maiores contribuições para a desaceleração da taxa do índice partiram dos grupos Alimentação e Transportes.

Fonte:Banco do Brasil

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

À espera da decisão do Fed, mercados devem ter dia de tensão

São Paulo – A agenda de hoje nos Estados Unidos contém indicadores que mostrarão mais claramente como anda a saúde da principal economia do mundo, de acordo com analistas de mercado. Ainda nesta manhã é esperada a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre do ano passado. No final da tarde, às 17h15, haverá o anúncio da decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) sobre o rumo da taxa básica de juros naquele país.

Os agentes do mercado têm expectativas de um corte entre 0,25 e 0,50 ponto percentual. Essa divergência, de acordo com a corretora do banco Real, deve gerar tensão durante o dia de hoje. O comunicado do Federal Open Market Comitte (Fomc), que acompanha o anúncio da decisão, também será avaliado com atenção e pode provocar turbulências se tiver um tom muito pessimista. Nesta manhã, os principais mercados operam com desvalorização.

Os dados do PIB serão divulgados hoje pelo Departamento do Comércio norte-americano às 11h30 e devem mostrar desaquecimento da economia. As estimativas apontam para um crescimento da ordem de 1,2%, após o avanço de 4,9% registrado no terceiro trimestre. Além disso, a Associação dos Bancos Hipotecários (MBA) anuncia, às 10h, o índice de pedidos de hipotecas na semana encerrada em 25 de janeiro. Na semana passada o indicador avançou 8,3%. Já às 11h15, a Automatic Data Processing (ADP) e a Macroeconomic Advisers anunciam uma espécie de prévia do número de postos de trabalho criados em janeiro. Em dezembro de 2007, as estimativas foram de abertura de 40 mil vagas. E às 13h30, o Departamento de Energia norte-americano (DoE) e o Instituto Americano do
Petróleo (API) divulgam seus relatórios semanais sobre os estoques de petróleo.

Entre as notícias de empresas, o setor de telecomunicações é destaque. A Brasil Telecom (BrT) divulgou seus resultados referentes ao quarto trimestre e ao ano de 2007 ontem, depois do fechamento do mercado. O lucro líquido da companhia caiu 23,2% no quarto trimestre de 2007 (para R$ 205,6 milhões) em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já no acumulado do ano, o valor apresentou incremento de 42,7%, somando R$ 671,3 milhões.

Entre outubro e dezembro de 2007, a receita líquida da BrT somou R$ 2,8 bilhões, 4,9% a mais do que o registrado no último trimestre de 2006. O ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortizações e depreciações) totalizou R$ 902,3 milhões, valor 4,7% menor do que os R$ 947,1 milhões obtidos em igual período de 2006.

A receita bruta total com os serviços de telefonia móvel prestados pela companhia no quarto trimestre de 2007 foi de R$ 4,6 milhões, 19,9% superior à registrada no quarto trimestre de 2006. Já a receita bruta com serviços de transmissão de dados no mesmo período aumentou em 18,1%, para R$ 735,3 milhões. Os serviços de telefonia fixa totalizaram R$ 2,8 bilhões, registrando queda de 1,4% em relação ao quarto trimestre de 2006.

No acumulado do ano, a receita líquida foi de R$ 11,058 bilhões, crescimento de 7,4% sobre 2006. O ebitda em 2007 totalizou R$ 3,7 bilhões, 8,7% mais do que no ano anterior.

As ações preferenciais da Brasil Telecom Participações (BRTP4) subiram ontem 6,73%, a R$ 16,65, refletindo principalmente o anúncio do ministro das Telecomunicações, Hélio Costa. O ministro confirmou ontem a jornalistas no Rio de Janeiro que a BrTe a Oi (ex-Telemar) pretendem fazer uma recomposição acionária. Segundo o ministro, as empresas confirmaram na segunda-feira essa
intenção. Uma mudança é necessária para permitir a fusão das companhias, e deve demorar entre 15 e 30 dias. O assunto será discutido dentro do conselho consultivo da Anatel. Após esse prazo, a decisão caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os papéis ordinários da BrT (BRTP3) passaram o dia em queda, mas reverteram o sinal e fecharam praticamente estáveis, em ligeira alta
de 0,02%, a R$ 50,01. Já entre as classes de ações da Telemar, as preferenciais (TNLP4) avançaram 3,37%, a R$ 43,81. As ordinárias (TNLP3) aumentaram 3,36%, sob preço de R$ 70,80.

Já a Tim anunciou ontem parceria com o Google, em que os assinantes da companhia terão acesso à versão móvel do site de vídeos Youtube. Numa segunda fase do projeto, também será disponibilizada a ferramenta de buscas Google. O acordo faz parte da estratégia da empresa de oferecer conteúdo aos seus assinantes de 3G (terceira geração de telefonia móvel), que, de acordo com o presidente da Tim Participações, Mario César Pereira de Araújo, terá início ainda no primeiro trimestre deste ano. A Tim pagou R$1,5 bilhão pelas freqüências de 3G, em leilão realizado pela Anatel em dezembro de 2007 e garantiu presença nacional. As ações preferenciais da Tim (TCSL4) ontem subiram 3,26%, a R$ 6,33, enquanto as ordinárias aumentaram 0,64%, para R$ 7,90.

No setor de aviação, a Gol Linhas Aéreas informa a suspensão dos vôos de sua controlada, VGR, diretos para Londres a partir de 01 de março e para Frankfurt e Roma a partir de 29 de março. A mudança faz parte da nova estratégia da companhia que, a partir deste mês, vai concentrar o serviço de longo curso da VRG do Brasil para Europa em dois destinos: Paris e Madri. Clientes com
passagens compradas para os destinos suspensos após as datas citadas devem procurar a companhia.

Ainda em 2008, a Gol pretende iniciar vôos da VRG para os Estados Unidos e manterá suas operações diárias para Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e México. As conexões para outras cidades serão oferecidas por meio de companhias aéreas parceiras. No segmento doméstico, a empresa acaba de iniciar os trechos Porto Alegre-Brasília, Belo Horizonte (Confins)-Rio de Janeiro (Galeão) e Belo Horizonte (Confins)-Brasília, que serão operados com aeronaves Boeing 737 Next Generation. Na terça-feira, os papéis da empresa (GOLL4) subiram 7,16%, a R$ 35,75.


Mercados internacionais

Nos Estados Unidos, os mercados futuros operam com perdas. O futuro do Nasdaq, com vencimento em março de 2008, recuava 0,44%, aos 1.804 pontos, enquanto o futuro do S&P 500, com vencimento no mesmo mês, caía 0,12%, aos 1.360,40 pontos.

Na Europa, os principais mercados também cediam. O índice FTSE 100 da Bolsa de Londres tinha desvalorização de 0,83 %, aos 5.836,2 pontos. Já o DAX 30 da Bolsa de Frankfurt registrava depreciação de 0,39%, aos 6.865,58 pontos, enquanto o CAC 40 da Bolsa de Paris diminuía 1,29%, para 4.877,28 pontos.

No mercado asiático, a principal queda do dia foi na bolsa de Seul, que teve perdas de 2,98%. O índice Kospi fechou o dia aos 1.589,06 pontos. Na bolsa de Hong Kong, o Hang Seng cedeu 2,63%, para 23.653,70 pontos. O índice Nikkei 225, o principal da bolsa de valores de Tóquio, registrou depreciação de 0,99%, aos 13.345,00 pontos. E na China, o índice Xangai Composite recuou 0,90%, terminando o dia aos 4.417.85 pontos.

Em Londres, o contrato do barril de petróleo do tipo Brent para março subia 0,81%, a US$ 92,75. Em Nova York, o WTI com vencimento em março tinha valorização de 0,99%, a US$ 92,55.

Câmbio

O contrato futuro de dólar, com vencimento em fevereiro, tinha desvalorização de 0,08%, cotado a R$ 1,778.

Juros

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2009, negociados na BM&F, operavam em queda de 0,08%, projetando taxa de 11,92%. Já os contratos com vencimento em janeiro de 2010 tinham valorização de 0,15%, para 12,7%.

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Indice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) registrou inflação de 1,09% em janeiro, após a alta de 1,76% verificada em dezembro. Com isso, o indicador acumula alta de 8,38% nos últimos 12 meses.

A mediana das projeções das instituições financeiras ouvidas pela Agência Leia para o IGP-M de janeiro apontava para uma inflação de 0,98% no mês. As projeções dos economistas consultados para o Termômetro Leia variaram entre 0,61% e 1,17%. Pelo conceito de mediana, 50% das projeções estavam acima de 0,98% e 50% abaixo.

Entre os componentes do indicador, o Indice de Preços por Atacado (IPA) subiu 1,24%- em dezembro foi de 2,36%. O Indice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou inflação de 0,96% em janeiro. No mês anterior, a alta havia sido de 0,67%. E o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em janeiro, inflação de 0,41%, ante alta de 0,43% em dezembro.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Mercado Integral x Mercado Fracionário

Na Bovespa, ações são negociadas no mercado integral em lotes-padrão com 10, 100, 1.000 etc., ações (veja Entendendo Lote de Ações da Bovespa para saber mais sobre lotes-padrão).

Se a ação de uma empresa está cotada a R$ 97 e seu lote-padrão é de 100 ações, então para comprar ações desta empresa você precisaria desembolsar nada mais, nada menos, que R$ 9.700.

Se você é um pequeno investidor, este mecanismo diminui severamente as possibilidades de diversificação de sua carteira de ações. Dependendo da quantia disponível para investimento, pode até ser impossível comprar ações de determinadas empresas.

Felizmente, a Bovespa oferece outro mecanismo que possibilita a investidores operarem com ações em quantidades menores que o lote-padrão: o mercado fracionário.

O Mercado Fracionário

No mercado fracionário, ações são negociadas unitariamente. Ou seja, não há lote mínimo para negociação.

Isso significa que você pode, se assim, desejar, comprar 15, 5 ou até mesmo apenas 1 ação de uma empresa.

O mercado fracionário permite que pequenos investidores participem do mercado de ações e possibilita, ainda, a diversificação da carteira, visto que o investidor pode definir a participação de cada ação com mais flexibilidade.

O mercado fracionário pode (e é) utilizado também por grandes investidores. Muitos o utilizam para completarem lotes-padrão. Por exemplo, um investidor com 1.420 ações da Vale do Rio Doce pode recorrer ao mercado fracionário, adquirir 80 ações e, assim, completar 15 lotes-padrão (1.500 ações).

Isso é possível porque não há diferença entre a ação negociada no mercado integral e a negociada no mercado fracionário. E outras palavras, o ativo é o mesmo — ele só é negociado em mercados diferentes.

Mercado Integral e o Mercado Fracionário: Diferenças

O mercado fracionário funciona de maneira independente do mercado integral. Isso significa que cada mercado tem cotações e liquidez próprios.

As diferenças de cotação são devidas ao mercado fracionário ter forças de oferta e procura das ações ligeiramente diferentes das do mercado integral.

Isso significa que as cotações do mercado fracionário via de regra variam como no mercado integral, mas não há correspondência exata entre elas.

Em geral, as ofertas de venda no mercado fracionário são ligeiramente mais altas das do mercado integral. E as ofertas de compra são mais baixas. Em outras palavras, no mercado fracionário o spread (diferença entre as melhores ofertas de compra e venda) é maior.

Por possuir menor volume de negociação, a liquidez no mercado fracionário também é menor. Ou seja, é mais “fácil” comprar/vender ações no mercado integral do que no mercado fracionário.
Em geral, isso não chega a ser muito problema para investidores de médio/longo prazo e/ou que operam com blue chips.

Operar no mercado fracionário com ações de baixa liquidez no mercado integral é um grande problema, que deve ser evitado.

Como Operar no Mercado Integral e no Mercado Fracionário

Como você viu no início deste artigo, as ações negociadas no mercado fracionário são as mesmas que as negociadas no mercado integral. Então como escolher entre elas?

A resposta é a seguinte: existe duas formas distintas de se operar no mercado integral ou no fracionário e isso depende de sua corretora.

Algumas corretoras tornam todo o processo transparente para seus clientes, selecionado a operação no mercado integral ou no mercado fracionário dependendo da quantidade de ações negociadas.

Por exemplo, se sua corretora funciona desta forma e você envia uma ordem de compra de 50 unidades de uma ação cujo lote-padrão é de 100 ações, então a corretora vai automaticamente executar a operação no mercado fracionário.

Se a mesma ordem fosse de compra de 250 ações, então a corretora faria a compra de 2 lotes-padrão (200 ações) no mercado integral e 50 no mercado fracionário.

A outra forma é a seleção manual do mercado, o que deve ser feito por você na hora de seleção do ativo.
Isso é possível porque na Bovespa uma mesma ação tem códigos diferentes no mercado integral e no mercado fracionário. Mais especificamente, no mercado fracionário o código do ativo é o mesmo do mercado integral, seguido da letra “F”.

Por exemplo, as ações ordinárias do Banco do Brasil têm código BBAS3 no mercado integral. As mesmas ações negociadas no mercado fracionário têm código BBAS3F.

Assim, se sua corretora requer que você defina o mercado que quer operar, você deve informar o código do ativo “simples” para operar no mercado integral, e o código do ativo seguido de “F” para operar no mercado fracionário.

Expectativa de corte de juros nos EUA alivia mercados

São Paulo – No dia em que o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, completa 40 anos e ganho real acumulado de 3.540% (deflacionado pelo IGP-DI), os mercados seguem um pouco mais aliviados depois da valorização de ontem e da expectativa de um corte de até 0,50 ponto percentual na taxa de juros dos Estados Unidos. A reunião do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano) tem início hoje e se encerra amanhã. Os principais mercados internacionais seguem em alta esta manhã.

"Embora o "Efeito Recessão" dos EUA, aparentemente, não tenha sido inteiramente precificado, no momento, as sinalizações mostram tendências ascendentes para os índices dos mercados bursáteis, mesmo que sejam apenas de curto prazo e com boa dose de volatilidade, visto que a agenda norte-americana está carregada esta semana", afirma, um analista financeiro .

De acordo com um corretora apesar da melhoria de performance das bolsas americanas, diversos indicadores econômicos continuam a apresentar uma evidente desaceleração. "No front internacional, para esta terça-feira, merecem especial atenção os pedidos de bens duráveis e a confiança do consumidor", afirma.

O Departamento do Comércio norte-americano informa os pedidos de bens duráveis em dezembro às 11h30. Analistas acreditam numa alta de 2%, depois do indicador ter recuado 0,1% no mês anterior. Já a confiança do consumidor será anunciada às 13h pelo Conference Board. Há expectativa de uma queda na leitura para 87, após o indicador ter ficado em 88,6 em dezembro. Além disso, está prevista para as 11h55, a divulgação do LJR Redbook, com o resultado de sua pesquisa semanal sobre as vendas no varejo nos Estados Unidos.

Em sua fala ontem à noite, o presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou que a população deve ter confiança no futuro da economia do país no longo prazo. O presidente pediu ao Congresso que aprove imediatamente o pacote de estímulo econômico de US$ 145 bilhões anunciado na semana passada. Bush reconheceu que o país está atravessando um período de incerteza na economia e de desaceleração no crescimento.

Este foi o seu último discurso do Estado da União, tradicionalmente apresentado ao Congresso no fim de janeiro. Bush ainda comentou que o aumento das tropas norte-americanas no Iraque está dando resultado e voltou a dizer que o Irã deve suspender o seu apoio ao terrorismo no exterior e também o seu programa de enriquecimento de urânio, deixando claras suas intenções. O presidente dos EUA reafirmou sua intenção de garantir um acordo de paz entre Israel e palestinos até o fim do ano e falou sobre a Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga às 11h, em Brasília, a Sondagem Industrial do quarto trimestre de 2007. A pesquisa traz as expectativas do setor industrial para os próximos seis meses, a avaliação do trimestre anterior e os principais problemas apontados pelos empresários do setor.

Entre as notícias de empresas, destaque para a Gol Linhas Aéreas Inteligentes. O Conselho de Administração da companhia autorizou um programa de recompra de ações e aprovou a política de dividendos para 2008. A proposta é implementar um programa de recompra de ações preferenciais de até 5 milhões de ações, equivalentes a 8,8% dos papéis em circulação. O objetivo é a aquisição de ações preferenciais para manutenção em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento, sem redução do capital social. O prazo máximo para a realização da operação é de 365 dias, contados a partir de ontem. De acordo com a Gol, essa iniciativa visa à criação de valor, em razão do desconto atual das ações da companhia no mercado.

Também foi aprovada a distribuição de dividendos intercalares trimestrais, no valor de R$ 0,18, por ação ordinária e preferencial da companhia durante o exercício de 2008. Independente do valor fixado, fica assegurado o pagamento mínimo de 25% do lucro líquido do exercício aos acionistas, sendo certo que, caso que seja necessário, a GOL ao final do exercício promoverá o pagamento de dividendos complementares. Ontem, as ações da companhia (GOLL4) subiram 0,63% e encerraram o dia cotadas a R$ 33,36.

As turbulências do mercado de capitais continua atrapalhando os planos de emissões de ações de algumas empresas. A Ideiasnet comunicou ao mercado que protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de cancelamento do registro de distribuição pública de ações ordinárias de emissão da companhia.

No último dia 17, a Ideiasnet havia pedido a interrupção do protocolo por até 60 dias. Seriam distribuídas 40 milhões novas ações ordinárias de sua emissão. Os novos papéis tinham início previsto para dia 1 de fevereiro no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), sob o código IDNT3. A companhia anunciou um dia antes o seu ingresso no Novo Mercado da bolsa paulista, o mais alto nível de governança corporativa. Os coordenadores da oferta eram os bancos J.P. Morgan e Unibanco. Ontem, os papéis da companhia (IDNT3) ganharam 4,6%, e encerraram o dia sob preço de R$ 5,80.

Já a Nutriplant, empresa do setor de fertilizantes e herbicidas, anunciou alteração no cronograma de emissão de 2.070.100 novas ações, divulgado em 14 de janeiro. Segundo a companhia, a decisão é estratégica e tem por objetivo estender o prazo do procedimento de coleta de intenções de investimento do mercado.

A Nutriplant será a primeira empresa a transacionar ações no Bovespa Mais da Bolsa de Valores de São Paulo e teve a estréia das negociações com os papéis adiada de 30 de janeiro para 13 de fevereiro, sob o código NUTR3M. O preço sugerido por ação pelo coordenador da oferta, banco HSBC, ficou entre R$ 14 e R$ 18. A nova data para a fixação do preço por ação é 11 de fevereiro, quando também encerra o período de reserva.

A edição de hoje de um grande jornal dá novamente destaque à possível aquisição da companhia anglo-suíça Xstrata pela Vale. Reportagem destaca a declaração, ontem, de Lázaro Mello Brandão, presidente do conselho de administração do Bradesco e da Bradespar, uma das controladoras da Vale, de que a companhia foi "credenciada pelo conselho a olhar a operação".

Os controladores da Vale poderão se reunir esta semana para "bater o martelo" e emitirem seu parecer sobre o gigantesco negócio, que pode ficar entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões.

Já está confirmado que a negociação entre a Vale e um consórcio de mais de dez bancos liderados pelo HSBC e o Santander para garantia de um empréstimo de US$ 50 bilhões. O diretor financeiro da Vale, Fabio Barbosa, esteve na última semana no Reino Unido para acertar este financiamento. Para anunciar o apoio à Vale, segundo o Valor, os bancos estariam esperando os mercados se acalmarem. A Xstrata está avaliada entre US$ 80 bilhões e US$ 90 bilhões. No pregão de ontem, as ações preferenciais classe A da Vale (VALE5) subiram 0,69%, cotadas a R$ 44.


Mercados internacionais


Nos Estados Unidos, os mercados futuros operam em elevação. O futuro do Nasdaq, com vencimento em março de 2008, tinha ganhos de 0,31%, aos 1.816 pontos, enquanto o futuro do S&P 500, com vencimento no mesmo mês, aumentava 0,46%, aos 1.360,90 pontos.

Na Europa, os principais mercados também apresentam ganhos. O índice FTSE 100 da Bolsa de Londres subia 1,16%, aos 5.856,4 pontos. Já o DAX 30 da Bolsa de Frankfurt registrava apreciação de 1,34%, aos 6.910,9 pontos, enquanto o CAC 40 da Bolsa de Paris aumentava 1,80%, para 4.935,8 pontos.

Nesta terça-feira, as bolsas asiáticas fecharam em alta, com expectativas sobre o corte da taxa básica de juros nos Estados Unidos. No Japão, a alta foi de 2,99%, com o índice Nikkei 225 encerrando as negociações aos 13.478,90 pontos. O índice Hang Seng, da bolsa de valores de Hong Kong, subiu 0,99%, para 24.291,80 pontos, e o Kospi, em Seul, teve valorização de 0,66%, aos 1.637,91 pontos. Na Bolsa da China, o índice Xangai Composite teve valorização de 0,87%,
aos 4.457,94 pontos.

Em Londres, o contrato do barril de petróleo do tipo Brent para março subia 0,74%, a US$ 92,06. Em Nova York, o WTI com vencimento em março tinha valorização de 0,65%, a US$ 91,59.

Câmbio

O contrato futuro de dólar, com vencimento em fevereiro, tinha desvalorização de 0,67%, cotado a R$ 1,772.


Juros


Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2009, negociados na BM&F, operavam em queda de 0,16%, projetando taxa de 11,89%. Já os contratos com vencimento em janeiro de 2010 tinham desvalorização de 0,07%, para 12,65%.


A inflação medida pelo Indice de Preços ao Consumidor São Paulo (IPC-SP) desacelerou pela quarta semana seguida para 0,66% na terceira quadrissemana de janeiro, ante 0,71%, registrada na quadrissemana anterior, divulgou nesta manhã a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). É o menor patamar do índice desde a última semana de novembro, quando atingiu 0,47%.

Fonte: Banco do Brasil

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

É hora de comprar ações, dizem analistas

Por AE

Agência Estado A onda de queda das bolsas internacionais na sexta-feira, depois da recuperação nos dois dias anteriores, reforça a idéia de que a volatilidade no mercado não será passageira - na sexta-feira, feriado em São Paulo, a Bovespa não funcionou e pode reproduzir neste início de semana o mau humor do mercado naquele dia. “As bolsas devem continuar voláteis, dificilmente vão se acalmar em menos de um mês”, avalia Fabiano Gomes, superintendente-adjunto da Santander Asset Management. “A crise de hipotecas de alto risco americana ainda não mostrou todas as suas garras e prejuízos”, alerta Carlos Daniel Coradi, presidente da EFC-Engenheiros Financeiros & Consultores.

A turbulência no mercado financeiro já fez a Bolsa paulista recuar 10% este ano, trazendo o preço das ações para níveis que levam os analistas a recomendar a compra. “Há consenso de que este é um momento de compra. Raras vezes nos últimos meses tive tanta certeza de que era hora de comprar como agora”, comenta Gustavo Cerbasi, consultor financeiro e autor do livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos.

O problema para o investidor tirar proveito dessa “janela de oportunidade” é que, segundo Coradi, a Bovespa é uma das bolsas mais voláteis do mundo, conforme um índice calculado pela EFC, que considera a menor e a maior pontuação no período de um ano. “Em 2007, o índice foi de 49%.” A vantagem é que ela tem se mostrado a mais rentável. “Em um ano foi a que mais subiu no mundo”, diz Coradi. Para este ano, entretanto, analistas não esperam que ela repita o sucesso de 2007, quando a alta foi de 43,65%. A expectativa é de valorização de 20% a 25%. “Apostar em mais que isso seria otimismo exagerado”, diz Cerbasi.

Separação do dinheiro

“Para a bolsa deve ir o dinheiro para o qual não há compromisso”, diz Cerbasi. “O certo é não investir em bolsa o dinheiro que será necessário em data certa no futuro”, reforça Fábio Colombo, administrador de investimentos.

Perfil

É em momento de crise que o investidor pode conhecer o seu perfil. Se na semana passada teve alto nível de estresse, quis vender ou vendeu suas ações por causa do sobe-e-desce, deve concentrar-se na renda fixa, não em bolsa. Se encarou as oscilações como próprias do mercado, está apto a arriscar-se.

Diversificar

Colombo comenta que muitos investidores erram duas vezes em momentos de grandes valorizações na bolsa: concentram seus investimentos nela e compram ações de uma única empresa. “O investidor tem de distribuir seus recursos de acordo com seu perfil (tolerância a perdas) entre ações, renda fixa (como fundos DI, de renda fixa, caderneta), imóveis comerciais e até fundos cambiais e ouro, para proteção nas crises.”

Longo prazo

O quadro atual confirma que bolsa é opção de longo prazo. Storfer observa que quem entrou há mais tempo na bolsa está com ganho substancial, mesmo depois da volatilidade da semana passada. Já quem entrou há menos tempo, a partir de outubro, está contabilizando prejuízo.

Comprar na baixa e vender na alta

Os movimentos de entrada e saída em bolsa devem ser sempre graduais, pois nunca é possível saber se na baixa ela já atingiu o fundo do poço e se na alta já atingiu o pico. Segundo Colombo, a estratégia vale tanto para formar uma carteira como para calibrar o porcentual de recursos já aplicados em ações.

Se o investidor definiu que vai concentrar 20% dos seus recursos em ações, uma alta da bolsa vai elevar essa exposição, e aí ele deve vender o suficiente para retornar ao limite de 20%.

Do contrário, quando uma desvalorização da bolsa reduzir sua exposição, ele deve comprar ações até restabelecer a margem de 20%. “Assim, o investidor vai sempre fazer o certo, comprar na baixa e vender na alta.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Corretora vê potencial de alta de 70% nas ações da Usiminas

Compra da mineradora J. Mendes e crescimento na demanda interna devem garantir bons resultados à companhia

24.01.2008
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EXAME A Link Investimentos divulgou nesta quinta-feira (24/1) relatório alterado sua recomendação para as ações preferenciais da Usiminas de “neutra” para “compra”. De acordo com a corretora, a companhia apresenta potencial de valorização de 70% em suas ações, que podem chegar ao final de 2008 cotadas a 121,00 reais.

Em dezembro, a Link havia recomendado aos investidores ficar fora do papel. Na ocasião, a corretora apontou como pontos fracos da empresa sua grande exposição ao minério de ferro, a possibilidade de realizar mais investimentos (sem que eles fossem efetivados pela empresa), e o conservadorismo da direção.

Agora, com a compra da mineradora J. Mendes prestes a ser concretizada, a instituição acredita que “a exposição aos preços de minério irá cair drasticamente, os investimentos vão crescer com a expansão da mina e a direção está realizando um passo ousado, e correto estrategicamente”. O negócio deve ser fechado por cerca de 1,8 bilhão de dólares, e permitirá à Usiminas suprir 40% de suas necessidades de minério de ferro. “Com investimentos estimados em 1,5 bilhão de reais, a Usiminas pode se tornar auto-suficiente em minério de ferro até 2012”, estima a corretora.

Para a Link, a demanda interna deve continuar crescendo, impulsionada pela indústria automobilística, que vem batendo recordes de vendas nos últimos meses graças às melhorias nas condições de emprego e renda da população. Portanto, a perspectiva é de expansão também nas vendas da siderúrgica.

As ações preferenciais da Usiminas fecharam os negócios desta quinta-feira cotadas a 76,00 reais, em alta de 6,89%. No ano, no entanto, o papel ainda acumula queda de 6,75%, enquanto o Ibovespa registra baixa de 10%.


Fonte: Exame

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Trace seus objetivos antes de Investir

Além de motivação, você precisa ter horizontes definidos porque são eles que vão nortear seus investimentos. Ou seja, suas opções vão depender do que você quer e quando você quer. Uma boa forma de começar a definir seus objetivos é colocando-os numa linha do tempo e dividi-los em curto, médio e longo prazos.

Curto prazo: são aqueles objetivos que você gostaria de alcançar em até um ano. Por exemplo, financiar suas próximas férias, fazer uma viagem de curta duração ou criar uma reserva para emergências.

Médio prazo: são metas que você pretende conquistar entre um e cinco anos, como a troca ou compra de carro novo, aquisição da casa própria, festa de casamento ou financiamento de um curso no exterior.

Longo prazo: a formação de uma reserva para financiar a faculdade dos filhos ou o complemento da aposentadoria são considerados objetivos de longo prazo porque você deve começar a planejá-los pelo menos cinco anos antes.

Depois de definir suas metas é hora de começar a escolher o tipo de investimento que vai levá-lo mais rapidamente a alcançá-las. Daí você pode formar uma cesta de produtos de curto, médio e longo prazos que permita a realização dos sonhos. Para isso, é importante se informar e conhecer os produtos disponíveis no mercado. Navegue no portal Como Investir na seção de Fundos e conheça algumas opções

Preservar ou aumentar

Outra forma eficiente de selecionar seus objetivos é separá-los em duas categorias: manutenção ou aumento do capital. Se seu objetivo é apenas preservar seu dinheiro, as aplicações em renda fixa podem ser uma boa opção de baixo risco e rentabilidade modesta.

Caso você queira aumentar o capital investido pode buscar alternativas em fundos de renda variável ou investir uma parcela dos recursos em ações, que são alguns investimentos que podem ajudar seu patrimônio crescer no longo prazo. Claro, envolvendo uma parcela maior de risco.